Como economizar na compra de um processador novo

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Saber pesquisar e conhecer algumas práticas da indústria garante economia na tarefa de escolha e compra de um novo processador. Entre as dicas, procurar versões OEM, ver o custo-benefício da AMD e prestar atenção no ritmo de lançamentos e nas versões menos conhecidas da Intel podem garantir um gasto reduzido para o consumidor que precisa de computadores funcionais.

Confira algumas dicas para pesquisar e escolher a melhor opção de processador para o seu PC.

Procure as versões OEM

Versões OEM são vendidas sem caixa e o cooler (Foto: Divulgação/AMD) (Foto: Versões OEM são vendidas sem caixa e o cooler (Foto: Divulgação/AMD))
Versões OEM são vendidas sem caixa e sem cooler (Foto: Divulgação/AMD)

 OEM é uma sigla que, em tradução livre do inglês, significa “fabricante de equipamento original” e, no caso dos processadores, serve para classificar as versões destinadas a fabricantes de PCs, como Dell, Apple e da minha querida Lenovo.

A versão OEM de um processador é vendida normalmente sem caixa e sem cooler de referência. Na aquisição de uma CPU dessas, cabe ao comprador adquirir um sistema de refrigeração.
O preço dessas versões tende a ser menor por conta do formato mais despojado e das diferenças relacionadas a oferta de garantia pelo fabricante. Em alguns casos, Intel e AMD criam versões de seus processadores exclusivas, o que significa que alguns só estão disponíveis em versões OEM.

AMD vence no custo-benefício

Se a necessidade é um computador mais simples, a AMD tem uma oferta grande de processadores com performance inferior aos da Intel, mas normalmente com preços mais baixos.
Os melhores negócios estão nas linhas de APU da marca, que concentram processadores equipados com placas gráficas que, em alguns casos, são bem superiores àquelas usadas pela Intel.


Versões box (não OEM) dos Athlon e Sempron, os mais baratos da AMD (Foto: Divulgação/AMD)

 Uma APU A6 7400K de dois núcleos a 3.5 GHz e uma GPU R5 – mais que suficiente para curtir vídeos e filmes em alta resolução –, por exemplo, pode ser encontrada no Brasil por valores na casa dos R$ 400. Do outro lado, um Core i3 4170 de dois núcleos, da antiga quarta geração da Intel, sai por mais de R$ 650.

Pentium e Celeron ainda existem

Pentium e Celeron são as alternativas mais em conta da Intel, assim como os Athlon e Sempron entre os AMD (Foto: Divulgação/Intel)
Pentium e Celeron são alternativas mais em conta, assim como Athlon e Sempron (Foto: Divulgação/Intel)
Há quem não goste da AMD e prefira manter a fidelidade com a Intel. Nesse caso, é possível encontrar preços mais baixos entre os processadores das antigas linhas Pentium e Celeron, dos anos 1990 (que pra mim é uma porcaria, mas mesmo assim é uma mão na roda pra fazer trabalhos do curso, pesquisar e até jogar alguns joguinhos).
Essas linhas compreendem versões mais simples e baratas das sucessivas arquiteturas da Intel e, para consumidores interessados em cortar custos, acabam se tornando opções interessantes.
Atualmente, os Pentium de arquitetura mais recente encontrados no país apresentam preços que oscilam a partir dos R$ 350 até R$ 700 (valor muito alto para esse tipo de CPU). Se você está disposto a pagar isso em um processador, investigue opções com preços equiparáveis e mais tecnologia embarcada, como os i3 e uma série de APUs da AMD.

Número de núcleos não é tudo

Um dos argumentos de venda usados pelos fabricantes ao promover seus processadores é a quantidade de núcleos de processamento. Uma maior quantidade de núcleos torna, no fim das contas, a CPU mais rápida.


Versões dual-core são mais baratas e também dão conta do recado (Foto: Divulgação/Intel)
Versões dual-core são mais baratas e também dão conta do recado (Foto: Divulgação/Intel)
No entanto, o número de aplicações que já tira proveito dessa vantagem ainda é limitado. Muitos softwares rodam com apenas um núcleo, deixando os demais ociosos boa parte do tempo, algo que diminui o potencial de performance do processador de quatro, seis ou oito núcleos no seu sistema.
Como o processo de manufatura fica exponencialmente mais caro conforme aumenta o número de núcleos, versões com dual-core serão sempre mais baratas do que as similares, cheias de cores.

Fique atento aos cronogramas de Intel e AMD

Ficar atento aos ciclos de lançamento ajuda a encontrar boas promoções (Foto: Divulgação/Intel) (Foto: Ficar atento aos ciclos de lançamento ajuda a encontrar boas promoções (Foto: Divulgação/Intel))
Ficar atento aos ciclos de lançamento ajuda a encontrar boas promoções (Foto: Divulgação/Intel)
Ambas as marcas se esforçam para lançar uma nova arquitetura por ano (embora isso nem sempre ocorra). Normalmente, o lançamento ocorre no fim do ano, como preparação para as compras de Natal.
No período de novidades, muitos lojistas aproveitam para acabar com os produtos de estoque, de linhas anteriores. Nesse momento, você pode conseguir bons descontos ao abrir mão de comprar os processadores mais recentes.

Conheça os soquetes

Comprar processador compatível com soquete de vida útil prolongada pode garantir economia na hora do upgrade (Foto: Reprodução/Wikimedia)
Processador compatível com soquete de vida útil prolongada garante economia no upgrade (Foto: Divulgação/Wikimedia)
Saber o tipo de soquete também pode ajudar a economizar. A AMD e a Intel costumam prolongar a vida dos encaixes durante algum tempo e, se você escolher uma CPU que usa um soquete que será mantido por mais alguns anos, já sabe que poderá fazer upgrade do processador sem a necessidade comprar uma nova placa-mãe.

Atualmente, sabe-se que a AMD vai abandonar os soquetes atuais e passará a usar um único padrão com o lançamento dos processadores e APUs Zen, previsto para ocorrer no fim do ano.
Em relação a Intel, a notícia é melhor, já que o LGA1151 usado atualmente nos processadores Skylake deve ser mantido na arquitetura Kaby Lake, prevista para chegar ao consumidor no fim de 2016.