6 coisas que podem ser hackeadas e você não sabia

15:06:00 0 Comments A+ a-

Os computadores foram apenas a ponta do iceberg. Sem grandes dificuldades, um hacker poderia parar um coração e até comandar cérebros.


Foi no final dos anos 50 que os hackers surgiram. Desde então, vêm encontrando brechas e promovendo estragos em computadores. Mocinhos ou vilões, eles podem denunciar os problemas de segurança de um sistema, ou invadi-los e promover o caos.

Computadores e redes foram seu único campo de trabalho por um longo tempo.  Mas com a tecnologia fazendo cada vez mais parte de nossas vidas, os hackers expandiram sua atuação para além das fronteiras dos sistemas operacionais. Confira a lista das 6 coisas que podem ser hackeadas e provavelmente você nem fazia ideia.

1. Sorria, seu bebê está sendo observado

Já imaginou seu filho de colo sendo assistido por hackers? Se essa ideia lhe causa calafrios, é bom ficar atento na hora de comprar uma babá eletrônica. O produto pode ser um alvo fácil para hackers, devido às brechas na segurança do aparelho. Apesar dos aprimoramentos tecnológicos, as fabricantes não têm se preocupado em fazer produtos seguros.

Uma babá eletrônica com monitor de TV, por exemplo, pode ter seus canais sem fio sintonizados fora de casa, por qualquer pessoa que tenha um aparelho semelhante ou mesmo um receptor sem fio.
A vulnerabilidade é tão grande que uma família americana processou uma fabricante de sistemas de monitores para bebês. Depois de usar o sistema por meses, o vizinho (que tinha comprado recentemente um aparelho semelhante) alertou-os que a câmera do monitor estava transmitindo um sinal forte o suficiente para ser sintonizado na sua casa. Além disso, o microfone instalado no quarto da criança era tão sensível que o vizinho era capaz de ouvir conversas inteiras acontecendo fora do quarto dela.

As versões mais recentes de monitores de bebês apresentam o “salto de frequência”, uma tecnologia que muda de canal aleatoriamente para garantir privacidade. Mas os modelos mais velhos e menos seguros ainda podem ser encontrados nas prateleiras das lojas.

2. Segredos da Coca

Nem as inocentes máquinas de bebidas doces estão imunes aos hackers. Vários vídeos disponíveis na internet mostram pessoas que conseguiram acessar as máquinas da Coca-Cola. Fabricadas no final dos anos 90, elas podem ser invadidas com um código simples.

O hacker pode obter dados comerciais da máquina, como quantidade de vendas dos produtos e o valor arrecadado. Alguns afirmam serem capazes de alterar preços e até pegar uma bebida de graça, mas isso não aparece em nenhum dos vídeos que circulam pela web.

3. Perdendo o controle 

Quem tem carro sabe que abrir uma garagem com um controle é extremamente confortável, principalmente em dias chuvosos. Mas essa conveniência pode custar caro: os hackers podem mudar um controle facilmente e em poucos minutos o dispositivo estará aceitando uma porta USB.
Depois de hackear o controle, basta apenas chegar perto de uma garagem com um notebook rodando um software específico. Em poucos segundos a garagem estará aberta, livre para qualquer pessoa entrar.

Os softwares para modificar o funcionamento de um controle estão disponíveis na internet e uma série de tutoriais que ensinam como hackear podem ser encontrados online. Felizmente, esta vulnerabilidade é um problema apenas para sistemas mais antigos, já que os controles mais recentes usam um código rotativo que muda cada vez que é usado.

4. Ladrões high-tech

Especialistas em segurança de carros têm uma nova dor de cabeça com a qual se preocupar: os ladrões hackers. Eles podem desbloquear um carro e até dar a partida com apenas o envio de uma ou duas mensagens de celular. Muitos sistemas automotivos, como o OnStar utilizam  o mesmo tipo de tecnologia de um aparelho móvel.

Sendo assim, os novos veículos estão sujeitos à mesma vulnerabilidade do celular. Os hackers também podem promover um estrago na infraestrutura do trânsito, como em redes de energia e sistemas de tráfego.

Mas nem tudo está perdido. Com apenas algumas mudanças, os fabricantes de automóveis podem fechar as portas para os hackers – apesar de não ser muito barato. Apenas os veículos com sistemas modernos estão vulneráveis. Considere os riscos ao comprar um veículo com conectividade avançada e saiba que você pode optar por desativar a parafernália tecnológica.

5. Hackers de humanos

Implantes médicos de alta tecnologia como bombas de insulina e marca-passos podem salvar vidas. Mas os hackers podem usar seus recursos para um fim (bem) menos útil. Pesquisadores demonstraram que determinados marca-passos que usam um sinal sem fio para ajustes são bastante vulneráveis. Basta apenas usar um software para fazer a reprogramação.

Os médicos utilizam esses dispositivos de programação sem fio para fazer ajustes sutis no coração dos pacientes, sem a necessidade de cirurgias adicionais. Infelizmente, o sinal que é utilizado não é criptografado, o que significa que qualquer pessoa pode acessar o dispositivo. Aqui, o sentido de ser hacker ganha outra dimensão, muito mais perversa, já que ele conseguiria manipular o coração de um paciente, causando a parada cardíaca dele e até mesmo a morte.

Bombas de insulina aparentemente são ainda mais suscetíveis a interferências externas. Usando antenas de rádio, hackers podem roubar o sinal sem fio de uma bomba e causar uma explosão de insulina em um paciente, com resultados potencialmente mortais.

6. Zumbilândia

De todas as mídias de armazenamento que você utiliza para guardar as informações mais importantes o seu cérebro é de longe a mais complexa. Por causa da imensa quantidade de dados que o cérebro humano pode armazenar, os cientistas vêm tentando quebrar os nossos “discos rígidos internos” já faz algum tempo.

A parte assustadora disso? Eles estão realmente chegando perto. Ao construir modelos complexos de outros cérebros do reino animal (como os de ratos, gatos e macacos), os pesquisadores começaram a traduzir os trilhões de impulsos de nossa cabeça em dados legíveis.

A Agência de Defesa de Projetos Avançados em Pesquisa dos Estados Unidos está financiando um programa de quase 5 milhões de dólares para a engenharia reversa de seres humanos, em um esforço para decifrar suas habilidades computacionais.

Alguns cientistas veem um futuro em que robôs microscópicos serão injetados na corrente sanguínea de uma pessoa para ir direto ao cérebro monitorar suas atividades. Claro que, com as vulnerabilidades apresentadas em marca-passos e bombas de insulina, não é difícil prever que hackers poderiam assumir o funcionamento dos microrrobôs. Melhor nem imaginar as consequências de estranhos no controle de nosso cérebro.

Memórias: quais os tipos e para que servem

15:03:00 0 Comments A+ a-

Armazene temporariamente informações sobre a história das memórias que são essenciais para o funcionamento dos PCs.


Apresentamos a memória RAM, um componente que você já conhece e que sabe até para o que serve. Todavia, ela não chegou agora e parte da história ficou escondida no passado. Hoje revelaremos um pouco sobre os tipos de memórias que apareceram ao longo dos anos.

Falaremos sobre as principais diferenças entre os padrões. E claro, como você está no Tecmundo, vai saber algumas novidades que devem aparecer no mundo das memórias num futuro próximo. Convidamos você a embarcar nessa jornada tecnológica.

Enquanto você lê, não precisa fechar os demais aplicativos, pois a memória do seu computador vai continuar armazenando os dados enquanto você desfruta de toda a informação deste texto.

RAM e DRAM

Foi em algum ponto na década de 50 que surgiram as primeiras ideias de criar uma Memória de Acesso Aleatório (RAM). Apesar disso, nosso papo começa em 1966, ano que foi marcado pela criação da memória DRAM (invenção do Dr. Robert Dennard) e pelo lançamento de uma calculadora Toshiba que já armazenava dados temporariamente.

Memória DDR3 da Corsair (Fonte da imagem: Divulgação/Corsair)

A DRAM (Memória de Acesso Aleatório Dinâmico) é o padrão de memória que perdura até hoje, mas para chegar aos atuais módulos, a história teve grandes reviravoltas. Em 1970, a Intel lançou sua primeira memória DRAM, porém, o projeto não era de autoria da fabricante e apresentou diversos problemas. No mesmo ano, a Intel lançou a memória DRAM 1103, que foi disponibilizada para o comércio “geral” (que na época era composto por grandes empresas).

A partir da metade da década de 70, a memória DRAM foi definida como padrão mundial, dominando mais de 70% do mercado. Nesse ponto da história, a DRAM já havia evoluído consideravelmente e tinha os conceitos básicos que são usados nas memórias atuais.

DIP e SIMM

Antes da chegada dos antiquíssimos 286, os computadores usam chips DIP. Esse tipo de memória vinha embutido na placa-mãe e servia para auxiliar o processador e armazenar uma quantidade muito pequena de dados.

Foi com a popularização dos computadores e o surgimento da onda de PCs (Computadores Pessoais) que houve um salto no tipo de memória. Num primeiro instante, as fabricantes adotaram o padrão SIMM, que era muito parecido com os produtos atuais, mas que trazia chips de memória em apenas um dos lados do módulo.

Memória SIMM de 256 KB do console Atari STE (Fonte da imagem: Divulgação/Wikimedia Commons - Darkoneko)

Antes desse salto, no entanto, houve o padrão SIPP – que foi um intermediário entre o DIP e o SIMM. O problema é que o conector das memórias SIPP quebrava com facilidade, o que forçou as fabricantes a adotarem o SIMM sem pensar muito.

A primeira leva do padrão SIMM tinha 30 pinos e podia transmitir 9 bits de dados. Foi utilizado nos primeiros 286, 386 e até em alguns modelos de 486. O segundo tipo de SIMM contava com 72 pinos, possibilitando a transmissão de até 32 bits. Esse tipo de módulo vinha instalado em computadores com processadores 486, Pentium e até alguns com Pentium II.

FPM e EDO

A tecnologia FPM (Fast Page Mode) foi utilizada para desenvolver algumas memórias do padrão SIMM. Módulos com essa tecnologia podiam armazenar incríveis 256 kbytes. Basicamente, o diferencial dessa memória era a possibilidade de escrever ou ler múltiplos dados de uma linha sucessivamente.

 
Memória EDO (Fonte da imagem: Divulgação/Wikipédia)

As memórias com tecnologia EDO apareceram em 1995, trazendo um aumento de desempenho de 5% se comparadas às que utilizavam a tecnologia FPM. A tecnologia EDO (Extended Data Out) era quase idêntica à FPM, exceto que possibilitava iniciar um novo ciclo de dados antes que os dados de saída do anterior fossem enviados para outros componentes.

DIMM e SDRAM

Quando as fabricantes notaram que o padrão SIMM já não era o suficiente para comportar a quantidade de dados requisitados pelos processadores, foi necessário migrar para um novo padrão: o DIMM. A diferença básica é que com os módulos DIMM havia chips de memórias instalados dos dois lados (ou a possibilidade de instalar tais chips), o que poderia aumentar a quantidade de memória total de um único módulo.

 
Memória DIMM (Fonte da imagem: Divulgação/Wikipédia)

Outra mudança que chegou com as DIMMs e causou impacto no desempenho dos computadores foi a alteração na transmissão de dados, que aumentou de 32 para 64 bits. O padrão DIMM foi o mais apropriado para o desenvolvimento de diversos outros padrões, assim surgiram diversos tipos de memórias baseados no DIMM, mas com ordenação (e número) de pinos e características diferentes.

Com a evolução das DIMMs, as memórias SDRAM foram adotadas por padrão, deixando para trás o padrão DRAM. As SDRAMs são diferentes, pois têm os dados sincronizados com o barramento do sistema. Isso quer dizer que a memória aguarda por um pulso de sinal antes de responder. Com isso, ela pode operar em conjunto com os demais dispositivos e, em consequência, ter velocidade consideravelmente superior.

RIMM e PC100

Pouco depois do padrão DIMM, apareceram as memórias RIMM. Muito semelhantes, as RIMM se diferenciavam basicamente pela ordenação e formato dos pinos. Houve certo incentivo por parte da Intel para a utilização de memórias RIMM, no entanto, o padrão não tinha grandes chances de prospectiva e foi abandonado ainda em 2001.

As memórias RIMM ainda apareceram no Nintendo 64 e no Playstation 2 – o que comprova que elas tinham grande capacidade para determinadas atividades. Ocorre que, no entanto, o padrão não conseguiu acompanhar a evolução que ocorreu com as memórias DIMM.

 
Memória PC133 e EDO (Fonte da imagem: Divulgação/Wikimedia Commons - David Henry)

O padrão PC100 (que era uma memória SDR SDRAM) surgiu na mesma época em que as memórias RIMM estavam no auge. Esse padrão foi criado pela JEDEC, empresa que posteriormente definiu como seria o DDR. A partir do PC100, as fabricantes começaram a dar atenção ao quesito frequência. Posteriormente, o sufixo PC serviu para indicar a largura de banda das memórias (como no caso de memórias PC3200 que tinham largura de 3200 MB/s).

DDR, DDR2 e DDR3

Depois de mais de 30 anos de história, muitos padrões e tecnologias, finalmente chegamos aos tipos de memórias presentes nos computadores atuais. No começo, eram as memórias DDR, que operavam com frequências de até 200 MHz. Apesar de esse ser o clock efetivo nos chips, o valor usado pelo barramento do sistema é de apenas metade, ou seja, 100 MHz.

Assim, fica claro que a frequência do BUS não duplica, o que ocorre é que o dobro de dados transita simultaneamente. Aliás, a sigla DDR significa Double Data Rate, que significa Dupla Taxa de Transferência. Para entender como a taxa de transferência aumenta em duas vezes, basta realizar o cálculo:

[número de bytes] x [frequência do barramento] x 2

Do padrão DDR para o DDR2 foi um pulo fácil. Bastou adicionar alguns circuitos para que a taxa de dados dobrasse novamente. Além do aumento na largura de banda, o padrão DDR2 veio para economizar energia e reduzir as temperaturas. As memórias DDR2 mais avançadas alcançam clocks de até 1.300 MHz (frequência DDR), ou seja, 650 MHz real.

 
Memórias DDR1 (Fonte da imagem: Divulgação/Wikipédia - W-sky)

E o padrão mais recente é o DDR3 que, como era de se esperar, tem o dobro de taxa de transferência se comparado ao DDR2. A tensão das memórias caiu novamente (de 1,8 V do DDR2 para 1,5 V) e a frequência aumentou significativamente – é possível encontrar memórias que operam a 2.400 MHz (clock DDR).

Dual-Channel e Triple-Channel

Apesar das constantes evoluções no padrão DDR, as memórias nunca conseguiram atingir a mesma velocidade das CPUs. Isso forçou as principais empresas de informática a apelarem para um truque que possibilitaria o aumento do desempenho geral da máquina. Conhecido como Dual-Channel (Canal Duplo), o novo recurso possibilitou o aumento em duas vezes na velocidade entre a memória e o controlador.

A tecnologia Dual-Channel depende simplesmente de uma placa-mãe ou um processador que tenha um controlador capaz de trabalhar com o dobro de largura do barramento. Isso significa que a memória utilizada não precisa ser diferente, sendo que a grande diferença está no controlador, que deve ser capaz de trabalhar com 128 bits, em vez dos costumeiros 64 bits das memórias DDR.

 
Corsair XMS3 — 8 GB Dual Channel DDR3 (Fonte da imagem: Divulgação/Corsair)

Ao dobrar a largura do barramento de dados, as memórias têm a taxa de transferência dobrada automaticamente. Assim, uma memória DDR2 que antes era capaz de transferir 8.533 MB/s, quando programada para atuar em Dual-Channel poderá atingir um limite teórico de 17.066 MB/s. Detalhe: para usar a tecnologia de Canal Duplo é preciso usar dois módulos de memórias, conectados nos slots pré-configurados para habilitar o recurso.

A tecnologia Triple-Channel é muito parecida com a Dual, exceto que aqui o canal é triplo. Com a explicação acima fica fácil compreender que é preciso utilizar um processador e placa-mãe compatível (os primeiros a usar esse recurso foram os Intel Core i7 de primeira geração).

A largura do barramento aumenta para 192 bits (o triplo dos 64 bits) e, consequentemente, a taxa de transferência triplica. E novamente vale a mesma regra: três módulos são necessários para utilizar essa funcionalidade.

Outros padrões

Enquanto os computadores evoluíram baseados nas memórias DIMM SDRAM, outros dispositivos aderiram a memórias alternativas. É o caso do Playstation 3, que aderiu à linha de memórias XDR DRAM. O padrão XDR é como se fosse um sucessor das antigas memórias baseadas no RIMM (também conhecida como memória Rambus DRAM).

Existem ainda as memórias dedicadas para as placas gráficas. As principais são do padrão GDDR, variando entre a primeira geração e a quinta – a GDDR5. As memórias GDDR têm algumas semelhanças com os padrões DDR, mas diferem em alguns aspectos, incluindo as frequências.

 
Radeon HD 6990 com memória GDDR5 (Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

Antigamente foram usadas memórias do tipo VRAM e WRAM para armazenar dados gráficos. Atualmente, as memórias são do tipo SGRAM (RAM de sincronia gráfica). Todas elas são baseadas na memória RAM, mas têm certas diferenças.

O futuro enigmático das memórias

O padrão DDR tem reinado por longos anos, todavia, muitas tecnologias estão sendo estudadas para substituir os atuais módulos. Entre tantas, uma que ganha destaque é MRAM, memória magnética que deve alterar completamente o sistema de leitura e escrita. Esse padrão deve disputar com o FRAM, memória ferroelétrica que tem investimentos de grandes empresas, incluindo a Samsung, a Toshiba e outras tantas.

E a evolução das memórias RAMs não vai continuar apenas nos módulos que utilizamos no cotidiano. Protótipos como o Z-RAM (Zero-capacitor RAM) devem aportar nas memórias caches dos processadores. Aliás, a probabilidade é muito grande, pois a AMD licenciou a segunda geração da Z-RAM.
Apesar de muitas fabricantes investirem alto na continuidade das memórias RAMs, existem fortes indícios de que outros tipos de memórias sejam adotados num futuro próximo. A HP, por exemplo, aposta no Memristor, um componente eletrônico que deve gerar um padrão de memória muito superior ao atual.

A história continua...

Nosso artigo acaba aqui, contudo, a evolução da informática — que inclui as memórias RAMs — continua em alta velocidade.

Deixamos claro que este artigo foi apenas um resumo básico do histórico das memórias, visto que seria necessário escrever uma bíblia para relatar os acontecimentos, especificações e informações com detalhes. Esperamos que o texto tenha esclarecido um pouco do todo que engloba esses componentes essenciais para os computadores. Você tem algo a acrescentar? Aproveite o campo de comentários e solte o verbo.

O que você precisa saber para montar um computador no segundo semestre de 2011

17:07:00 0 Comments A+ a-

Separamos algumas dicas para você escolher certo ou aguardar por novidades que vão aparecer na segunda metade do ano.


Metade do ano se passou. Nesse tempo, a informática fez grandes avanços. Uma configuração planejada no primeiro semestre já não faz muito sentido agora, tanto pelo preço quanto pelo desempenho. Com isso em mente, o Tecmundo vai dar algumas dicas para você escolher certo na hora de montar seu novo computador.

Quando falamos em montar um PC, a máquina ideal não existe, afinal, o investimento e os propósitos de cada usuário é que vão definir a configuração perfeita. E considerando os atuais componentes, uma configuração de baixíssimo valor já satisfaz usuários que pretendem trabalhar com aplicativos simples.

Propósito do artigo

Hoje, vamos abordar alguns aspectos importantes dos principais componentes, assim você pode fazer a escolha certa e adquirir um computador adequado às suas necessidades. A maior parte deste artigo é destinada para usuários que pretendem montar uma configuração, pois na hora de comprar PCs de marcas conhecidas (como HP, Positivo, Space BR), não há muitas chances de escolha.


Considerando a realidade brasileira, sempre devemos lembrar que temos um orçamento limitado. Sendo assim, nossas dicas não serão focadas nos componentes mais potentes do mercado. Até porque citar os componentes mais “fortes” e relatar que eles rodam qualquer aplicativo é uma ideia um tanto quanto óbvia. Assim, separamos alguns aspectos importantes a serem observados na hora da compra.

Processador: barato e adequado

Optar pelo processador mais potente está fora de cogitação, pois não existe necessidade de utilizar o modelo mais avançando para realizar quaisquer tarefas. Todos os aplicativos que você imaginar vão funcionar perfeitamente em CPUs de dois, três, quatro e seis núcleos.

Basicamente, a diferença que existe está no tempo em que uma mesma tarefa é realizada. Isso significa que um modelo de dois núcleos pode demorar um pouco mais para processar do que outro de quatro núcleos, no entanto, ele vai processar os dados de qualquer forma. Considerando que existem muitos modelos, separamos nossas dicas em três partes. As primeiras recomendações são para usuários que pretendem ter um PC de alto desempenho.

Jogos e desempenho

O processador não é peça fundamental na hora de executar games. Ainda que seja necessário um modelo que trabalhe em alta frequência, não existe a obrigatoriedade de adquirir um produto top de linha. Nossa dica é optar por um modelo razoável (de dois ou quatro núcleos) para jogos e edição de vídeo. Confira alguns processadores para esses tipos de tarefas:

  • Intel Core i3 de segunda geração
  • Intel Core i5 de segunda geração
  • AMD Phenom II X2
  • AMD Phenom II X4

 
(Fonte da imagem: Divulgação/AMD)

Tarefas do cotidiano

Montar um computar para tarefas básicas é mais fácil. Nossa recomendação é comprar um processador bem simples, com apenas dois núcleos (desde que ele seja recente). Afinal, não adianta optar por um modelo com 100 ou 200 MHz a mais para usar a internet ou assistir a vídeos em alta definição — o ganho de desempenho será mínimo. Veja algumas CPUs recomendadas:

  • Intel Atom Dual Core (indicado apenas para vídeos em 720p)
  • Intel Core i3 de segunda geração
  • AMD Serie e (indicado apenas para vídeos em 720p)
  • AMD Phenom II X2
  • AMD Athlon II X2, AMD Athlon II X3 e AMD Athlon II X4

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Intel)

Nota: a indicação de um processador “recente” é justamente por conta dos demais componentes que vão interagir com ele. Assim, se você não pensa em USB 3.0, SATA 3 e outros novos padrões, comprar um modelo “ultrapassado” (que não significa inferior) pode ser válido e muito vantajoso. Lembramos que modelos como o Intel Core2Duo e o AMD Athlon X2 apresentam excelente desempenho e são opções viáveis, visto a robustez e o preço deles.

Quero o máximo

Talvez você não se encaixe nem na classe de usuários comuns, nem na de jogadores. Assim, você possivelmente deseja o máximo de poder (algo como um Intel Core i7 ou um AMD Phenom II X6).
Comprar processadores de seis núcleos pode ser um verdadeiro desperdício de dinheiro, principalmente porque não há tarefas que requisitem tanto poder — ainda mais se você usa o PC apenas para rodar programas simples. Repetindo: um dual-core de alta frequência já é suficiente para executar os games mais recentes.

No caso de modelos da Intel, a dica é optar pelos Intel Core i de segunda geração. Todavia, se o objetivo é montar um PC com processador AMD, pode ser interessante esperar alguns meses e adquirir uma CPU da Serie A (Llano) ou Serie FX (Bulldozer) — as quais já estão aparecendo lá fora e chegam em breve ao Brasil.

Placa-mãe: portas e expansão

Apesar de você já ter definido a CPU que irá instalar em sua máquina, isso não significa que será fácil escolher uma placa-mãe. Aliás, considerando a enorme gama de placas que existem para um mesmo processador, essa decisão pode ser a mais difícil. Ao escolher a placa-mãe, automaticamente você estará definindo quais outros componentes poderão ser instalados.

A dica básica para comprar uma placa-mãe é pensar no que você pretende fazer com o PC. Tendo isso em mente, basta investigar quais modelos fornecem as portas que você precisa e se existem slots para a instalação de placas extras — no caso de você pensar em expandir o desempenho da máquina.

O máximo em tecnologia

Caso você seja um usuário que pensa em manter seu PC sempre atualizado, optar por uma placa-mãe com DDR3, USB 3.0 e SATA 3 é a única solução. Contudo, não é porque você pensa em comprar uma placa com tais tecnologias que isso implica necessariamente um alto investimento.

Existem muitas placas com essas tecnologias por valores razoáveis, e que de quebra podem durar muitos anos, visto que trazem tecnologias avançadas. O preço também depende da marca, do chipset e de outros detalhes. Contudo, se você procura montar um PC para jogos, por exemplo, não existe a necessidade de escolher uma placa-mãe ASUS Crosshair ou Maximus.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

Optar por uma ASUS pode ser uma excelente ideia, visto que os produtos da fabricante são de qualidade e sempre apresentam ótimos resultados com jogos. Entretanto, existem muitos modelos da fabricante que servirão para jogos, ainda que não suportem SLI, CrossFireX ou DDR3 de 2000 MHz — recursos importantes apenas para entusiastas. A mesma dica é válida para outras fabricantes, como a ECS, a MSI, a Gigabyte e outras.

Satisfação com o básico

Usuários que pretendem montar um computador para acessar a internet e realizar tarefas mais simples não precisam nem se preocupar com tecnologias mais recentes. A dica aqui é ao menos optar por uma placa com DDR3 (dois slots já são suficientes). Tecnologias como USB 3.0 e SATA 3 são dispensáveis, afinal, é bem provável que você não tenha nenhum produto com o padrão USB 3.0, tampouco vá comprar um disco do tipo SATA 3.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/MSI)

Outra recomendação é comprar uma placa-mãe que tenha uma boa placa de vídeo onboard — uma Radeon HD4200 já é suficiente. Com uma GPU dessas é possível reproduzir vídeos em alta definição e executar alguns jogos em configurações mínimas.

Nota: ainda que você compre uma placa-mãe simples, é quase certo que ela trará suporte para placas gráficas PCI Express de última geração. Isso garante que você tenha a opção de fazer uma atualização no PC, caso pretenda rodar jogos com qualidade aprimorada.

Placa de vídeo: gráficos bonitos sem doer no bolso

Quando falam que os jogos de computador têm gráficos com melhor qualidade, pode acreditar, essa é a pura verdade. Isso ocorre porque os PCs podem contar com placas gráficas de última geração. As GPUs são as responsáveis por realizar todo o trabalho pesado dos games, por isso elas custam tanto.

Alta qualidade

Os jogos mais recentes são pesados até mesmo para as placas de vídeo mais potentes. Sendo assim, rodar jogos com todos os filtros ativados, com a melhor qualidade e em resoluções altíssimas pode ser uma tarefa difícil para uma única placa gráfica. Todavia, como estamos considerando configurações de orçamento cabíveis aos nossos bolsos, a dica é optar por uma placa forte, mas não necessariamente a top de linha.

Isso significa bem o que você está pensando. Optar por uma placa gráfica como uma AMD Radeon HD 6990 ou uma NVIDIA GTX 590 pode ser um erro fatídico, ainda mais que ambas custam absurdos. Claro, ter uma dessas placas significa tranquilidade em games por um ou dois anos. Todavia, os preços (a placa da AMD custa aproximadamente 2,1 mil reais, já a da NVIDIA chega perto de 2,3 mil reais) equivalem a uma configuração completa.

Nossa dica é optar por um modelo intermediário, o qual permita rodar os jogos em alta qualidade, mas não necessariamente com filtros e demais configurações no máximo. Algumas placas que têm preço razoável e desempenho excelente:

  • AMD Radeon HD6870
  • AMD Radeon HD6850
  • AMD Radeon HD6790
  • AMD Radeon HD6770
  • NVIDIA GTX560
  • NVIDIA GTX460
  • NVIDIA GTX550Ti

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Sapphire)

Potente para rodar qualquer jogo

Talvez seu orçamento não permita o investimento de 500 reais numa placa. Se esse for o caso, ainda é possível rodar qualquer jogo com placas mais modestas. As configurações de qualidade nos games precisarão ser reduzidas, contudo, a maioria dos jogos mais recentes pode ser executada sem grandes problemas. Veja alguns modelos de placas mais básicas:

  • AMD Radeon HD6670
  • AMD Radeon HD6570 (modelo com memória GDD5)
  • AMD Radeon HD5670
  • NVIDIA GTS450
  • NVIDIA GT440 (modelo com memória GDDR5)

 
(Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

Esperar pode ser uma ótima ideia

Caso você queira adquirir uma placa para durar mais, talvez o momento não seja propício para a compra de uma placa gráfica. Ocorre que a AMD deve lançar as placas da série AMD Radeon HD 7000 até o fim do ano. Com isso, investir numa placa agora pode ser uma furada, ainda mais se o objetivo é adquirir uma placa de alto desempenho.

As especificações e modelos que serão lançados ainda não foram revelados, porém, como de praxe, a fabricante deve efetuar algumas melhorias na próxima geração. E claro, se a AMD lançar a nova linha de placas antes da concorrente, podemos esperar um lançamento da NVIDIA já para o primeiro ou segundo trimestre. Assim, caso você queira estar sempre atualizado, pode ser interessante adquirir uma placa de vídeo básica agora e depois comprar uma das novas séries.

Gabinete espaçoso

Agora que você já definiu qual placa-mãe e placa de vídeo vai utilizar, está na hora de escolher um gabinete para comportar todos os componentes. Poderíamos nos estender e falar muito sobre os diversos tipos de gabinetes e configurações a serem observadas. No entanto, existem apenas duas dicas a serem seguidas.

A primeira é que você deve optar por um gabinete com excelente sistema de ventilação. Caso seu orçamento não comporte um modelo que já traga ventoinhas, é válido adquirir um gabinete simples e adicionar alguns coolers para melhorar a refrigeração dos componentes. Produtos mais robustos trazem até três ventoinhas (atrás, na frente e na tampa), porém, com duas ventoinhas, sua máquina já estará bem refrigerada.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Cooler Master)

A segunda é atentar para o tipo de gabinete. O ideal é adquirir um modelo que já comporte a instalação da fonte na parte inferior. Porém, se não for possível, um gabinete bem ventilado não deve gerar problemas para o PC. Quanto aos demais detalhes (janela lateral, pintura, portas USB na frente, quantidade de baias, entre outros), fica por sua conta definir quais deles são essenciais para seu computador.

Memória RAM: modelos rápidos de excelentes marcas

Adquirir módulos de memória RAM com os clocks mais elevados pode não ser a melhor ideia. De nada adianta optar por memórias que operem a 2.400 MHz se você vai usar no máximo o Photoshop ou rodar jogos. E caso você pense em usar somente o navegador e um player de músicas, a recomendação é justamente se afastar de produtos tão velozes.

Claro, memórias desse padrão não deixam o computador lento, muito menos decepcionam no quesito desempenho. Entretanto, não existe razão para comprar módulos tão avançados, afinal, em nenhuma tarefa haverá um ganho significativo que justifique o gasto.

DDR3 para tarefas básicas

É bem provável que a placa-mãe que você escolheu já suporte memórias do tipo DDR3. Caso não suporte, recomendamos que faça outra escolha, pois nossa dica é usar memórias desse padrão até mesmo para as tarefas mais básicas. A velocidade proporcionada por esse padrão é vantajosa, até com as memórias de frequência mais baixa. Quanto ao tamanho, 2 GB de memória é mais do que suficiente.

Nossa dica também tem fundamento no quesito preço. Como o padrão DDR3 está dominando o mercado, a tendência é de que os módulos DDR2 desapareçam logo. Os preços do DDR2 não serão muito interessantes em um momento próximo. Isso sem contar que placas-mãe com suporte para DDR2 estão defasadas.

Maior frequência e menores latências para jogos

Jogadores não têm muitas escolhas, ao menos na questão de frequência. A dica é escolher a memória mais “rápida” (com o clock mais elevado) que seu orçamento permitir. Módulos DDR3 com frequência de 1.600 MHz já são mais do que suficientes.

No entanto, caso sua placa-mãe suporte trabalhar com componentes que operam a 2.000 MHz, talvez não seja uma má ideia escolher peças com essa característica. Vale frisar que não é preciso mais do que 4 GB de memória RAM, porém, se você desejar adquirir 8 GB, não será um investimento em vão, visto que o PC pode durar mais algum tempo.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Corsair)

Evidentemente, como já foi dito, a placa de vídeo é quem dita quase tudo nos jogos. Assim, se você utilizar uma memória DDR3 de 1.333 MHz, pode ser que os jogos funcionem muito bem. Tudo depende da configuração definida no game e também do título que está sendo executado. Quando o assunto é jogos, a ideia de buscar módulos com baixas latências é interessante. Contudo, o preço de memórias com tal característica é muito alto, portanto, nem sempre é compensador.

Armazenamento: esqueça os SSDs

Enquanto o mercado americano transborda de “ofertas” de SSDs, no Brasil a realidade é outra. Aqui os SSDs não são acessíveis e de maneira alguma são compensadores para uma configuração duradoura. Nossa dica é optar por um disco SATA 2 de alta capacidade. Não é preciso exagerar e adquirir um disco com 2 TB. Contudo, 750 GB ou 1 TB podem ser modelos interessantes.

Os preços dos HDs SATA 2 estão excelentes e a tendência é que diminuam cada vez mais. Isso deve ocorrer porque o SATA 3 está chegando com tudo. Não indicamos a aquisição de discos da terceira geração do padrão SATA, pois eles ainda estão muito caros e o valor investido ainda não compensa o desempenho ganho.

5.400 RPM para o cotidiano

Usuários que pretendem usar um sistema apenas para internet não precisam mais do que um disco de 500 GB que opere a 5.400 RPM. Algumas fabricantes, como a Western Digital, possuem linhas especiais denominadas como “Green”. Produtos desse tipo consomem menos energia, trabalham a 5.400 RPM, possuem alta quantidade de memória buffer e estão disponíveis em diversas opções de espaço para armazenamento.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Western Digital)

Para quem pretende armazenar filmes em alta definição e uma quantidade muito grande de músicas, um disco de 1 TB já pode ser válido, visto que a diferença do preço por Gigabyte é compensadora. A marca do disco fica a seu critério, mas as mais conhecidas são Seagate, Western Digital e Samsung.

O mais rápido possível para jogos

Apesar de alguns modelos SSD já estarem disponíveis por cerca de 350 reais, a relação custo/benefício ainda não é agradável. Assim, mesmo que a ideia de configurar um SSD menor para rodar o sistema seja tentadora, nossa sugestão é comprar um HD SATA 3 de altíssima velocidade para comportar tanto o sistema quanto jogos.

A recomendação é optar por um SATA 3 de 7.200 RPM, porque o disco rígido é o componente que faz os carregamentos dos jogos aumentarem. Talvez durante as partidas não seja possível notar nenhum tipo de travamento, mas optar por um disco de 5.400 RPM, por exemplo, pode aumentar significativamente o tempo de “loading” durante as fases.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Seagate)

Também é válida a ideia de usar múltiplos discos em configuração RAID, entretanto, salientamos que o gasto pode aumentar significativamente. Além disso, é importante lembrar que a placa-mãe escolhida deverá ter suporte para esse tipo de configuração.

Fontes: marca confiável e PFC ativo

Estamos quase no fim da configuração. Você provavelmente já deve estar cansado de ler, pesquisar e pensar sobre tantos componentes. Entretanto, não desanime neste momento. Toda a redução de custos feita na configuração da máquina será útil agora. Quando o assunto é energia, é importante escolher uma fonte de qualidade; a economia é um fator a ser deixado de lado.

Preciso economizar

Para usuários comuns (que optaram por componentes de baixo desempenho), uma fonte de 350 W ou 400 W reais já é suficiente. Ainda que você escolha uma fonte com PFC ativo, ventoinha de tamanho avantajado e com muitos conectores, a economia está garantida. Produtos com essa potência estão custando muito pouco e com certeza vão garantir energia de sobra para seu PC.

Jogos turbinados

A escolha de uma fonte para jogos é muito relativa. Tudo depende dos componentes que fazem parte da configuração. Processadores de seis núcleos, por exemplo, consome mais energia do que modelos com apenas dois núcleos. No entanto, não importa muito toda a configuração, mas apenas a placa de vídeo. Algumas marcas confiáveis são: Zalman, Corsair, Thermaltake e outras.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Zalman)

Placas de vídeo podem consumir facilmente 200 W, o que obriga o usuário a optar por uma fonte de 500 W ou 600 W. Enfim, a menos que você tenha feito uma configuração em SLI ou CrossFireX, comprar uma fonte de 750 W pode ser um grande desperdício de dinheiro, pois o consumo de energia do seu PC jamais chegará a tal patamar.

O monitor perfeito

Algumas dicas com relação à compra de um monitor podem ser úteis para finalizar a configuração do seu PC. Apesar de não estar relacionada ao hardware, a escolha do monitor influencia diretamente no uso diário da máquina. Assim, nossas dicas são básicas, mas importantes para você ficar satisfeito com o modelo que vai comprar.

Para usar no cotidiano

Na hora de adquirir seu monitor, pense no tamanho que você almeja. Não adianta adquirir um monitor de 24 polegadas somente porque ele é maior. O importante é refletir quanto às tarefas que serão realizadas no PC. Caso você não vá jogar, editar imagens ou assistir a filmes em alta definição, talvez um modelo de 18,5 polegadas já satisfaça suas necessidades.

Quanto ao tipo de iluminação, fica a seu critério. Nossa recomendação é optar por um monitor com iluminação de LED, contudo, se você adquirir um modelo LCD “comum”, é garantido que a qualidade será excelente. Porém, se os preços forem equivalentes, optar por um modelo com tecnologia LED é válido.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/LG)

O segundo aspecto a ser observado é a resolução suportada. Comprar um monitor de tamanho pequeno e utilizar uma resolução muito grande pode não ser a melhor coisa a se fazer. O interessante é buscar algo razoável, como 1366 x 768 pixels. Por outro lado, se você comprar um monitor maior, a resolução de 1680 x 1050 pixels é perfeita.

Jogos ficam ainda mais bonitos com monitor de LED

De nada adianta elaborar uma configuração gamer para o seu PC e não ter um monitor decente para exibir os belíssimos gráficos. Como você provavelmente já gastou muito na configuração, deve imaginar que para ter imagens de qualidade excelente um monitor vai custar um valor acima do normal.

Aqui novamente vale a mesma dica. Não adianta comprar um monitor Full HD e rodar os jogos em 1680 x 1050 pixels. Os modelos atuais não são programados para trabalhar com resoluções inferiores à máxima suportada. Apesar de eles exibirem as imagens, é provável que a qualidade caia drasticamente.

 
Monitor TV Samsung T27A550 LED (Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

A segunda dica é escolher um monitor com tempo de resposta baixo, 5 ms ou inferior. Também é importante prestar atenção quanto ao contraste, ou seja, adquirir um monitor que tenha um alto nível dessa característica. Vale verificar tanto o dinâmico quanto o estático.

Para jogos é essencial optar por um monitor com iluminação de LED. Jogadores que tenham optado por uma placa mais robusta podem até partir para um monitor 3D. Contudo, não recomendamos tal aquisição, pois os benefícios são poucos comparados ao alto preço.

Componentes extras

Finalizando nossa configuração ideal para o segundo semestre, vamos falar de alguns itens que podem ser adicionados ao PC.

Drive ótico

O drive que recomendamos é um gravador de DVD. Não é preciso ser um gravador muito moderno, mas de preferência um modelo que suporte ao menos gravação em dupla camada. Não recomendamos a aquisição de um drive de Blu-ray. Apesar de ser a última palavra em tecnologia, os preços ainda não compensam a aquisição. Até porque as mídias são muito caras e pode ser bem mais vantajoso investir em um leitor para a sala da sua casa.

Placa de som

Você trabalha com edição de som? Possui um sistema de som de 7.1 canais dedicado para computadores? Se você respondeu não para uma das perguntas, então você não deve adquirir uma placa de som offboard. Ainda que a qualidade de placas desse tipo seja absurdamente alta, não há necessidade de comprar uma placa tão boa para usar em casa.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Creative)

Leitor de cartões

Apesar de prático, um leitor de cartões é um componente desnecessário, afinal, todo dispositivo que trabalha com cartões de memória traz um cabo de dados para que os arquivos possam ser copiados para o computador. Assim, você só deve adquirir um leitor de cartões caso utilize muitos cartões diariamente.

Rede wireless

Para quem usa rede Wi-Fi em casa, adicionar uma placa de rede sem fio é essencial. No entanto, nossa dica é averiguar se o preço de um adaptador USB para redes Wi-Fi não custa menos. Em nossas pesquisas, encontramos adaptadores (como o Tenda W311U, na imagem abaixo) por aproximadamente 30 reais.

 
(Fonte da imagem: Divulgação/Tenda)

Agora é só usar

Espero que você tenha sanado algumas dúvidas e possa montar um PC ideal para durar mais alguns anos.